segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Shernobill...a catástrofe do 227

Bom, eu recomendo que, se você, caro leitor, tem estômago fraco, não prossiga a leitura.
Houve uma época, em que eu trabalhei em uma floricultura, na Rua Joaquim Nabuco (Jardim e Decorações), em frente à funerária Almir Neves. Eu até que aprendi a gostar, da loucura que era aquilo lá! Um dia (não lembro qual), saí mais cedo (não sei porquê), e me dirigi à parada de ônibus, que fica no cruzamento da Ramos Ferreira, com a Getúlio Vargas. Sempre ficava ansiosa com a espera...por conta dos "larápios", que são fartura por ali. Até, que avistei meu tão esperado 227 (Alvorada/D. Batista). Fiquei feliz, só de imaginar, que haveria um lugar pra sentar. Entrei...e ....não havia mais lugar vazio!!! Aliás...estava bem cheio o coletivo (que novidade em Manaus)! Ok...mas o que importa, é que eu iria pra casa. Abro um pequeno espaço, para dizer que, mudarei os nomes das pessoas aqui citadas, para preservar suas identidades. Poxa vida...quando avancei um pouco mais pro meio do coletivo, "dei de cara" com um amigo (bem amigo mesmo), que vou chamar de M. M é um ser humano ímpar! Extremamente camarada, ótimo marido, filho, irmão, amigo..enfim! Quando me viu, foi logo me convidando a sentar em seu lugar, que ele gentilmente me cedeu...e eu desavergonhadamente, aceitei! Joguei-me na cadeira, como se fizesse milênios que não sentava. Travamos uma conversa de amenidades (parece até que não nos víamos a anos)...e o ônibus, lotou ainda mais. Lembra do ônibus com ar condicionado?! Era aquele. Antes de chegarmos no cruzamento da Getúlio com a Joaquim (posto de gasolina)...um...ser infeliz, que devia ter comido repolho estragado, durante um mês inteiro, sem interrupção, libera os "gases venenosos"...bem ali., covardemente.... em um ônibus totalmente lacrado (as janelas eram travadas). Senhores...como eu gostaria (Deusmelivreguarde!) de poder descrever o que foi aquilo...Mas vou tentar. O mau cheiro (que faria o caminhão do lixo parecer Channel 5) foi tomando conta de cada centímetro do lugar...cada  passageiro foi gemendo (literalmente), tossindo, esfregando os olhos e nariz..até que começaram os cometários! "Motorista pelo amor de Deus! Pare o ônibus que alguém c....u!" entre outros ainda mais cabeludos, que eu nem tenho coragem de verbalizar! Olhei pra uma moça, logo a minha frente (morena clara, cabelos lisos e finos), e a pobre estava ficando pálida. Achei que ela iria desmaiar. O ônibus virou um pardieiro..uma algazarra a qual, ninguém entendia ninguém. E o pior de tudo, é que o fedor, impressionantemente, não ia embora!!! Abre porta pra descer passageiros (que desciam muito antes de seus destinos coitados), fecha porta (o povo gritava enlouquecido)...aí o motorista, lá pela Djalma, desistiu de fechar a porta, que era pra ver se ventilava, mas, parece que o "negócio" havia grudado nas paredes do coletivo. Nessas alturas, eu estourava de tanto rir (fico assim quando estou nervosa), incontrolavelmente! Olhei pro M, e ele estava impassível..e aí que eu ria mesmo! Bom, fiquei imaginando, que o povo andava pensando que eu era a autora do "crime" (gordo, velho, menino e cachorro, são sempre os autores) e a crise de riso aumentava! Elogiei meu amigo, por sua postura calma, tranquila e serena diante daquela catástrofe! Ele apenas deu um leve sorriso, que eu julguei ser orgulho. Estávamos em frente ao SPA, onde tem uma parada, a galera grita "desce cagão! Vai se tratar!". Tive outra crise de riso incontrolável...pois a nossa seria a próxima parada. Descemos...e eu com a barriga doendo, cheirei a roupa pra ver se não havia ficado resíduos (meu faro estava falho devido a situação). Descemos a rua meio apáticos, olhos e nariz ardendo...o cheiro tinha afetado de certa forma, nossa coordenação motora..acho. Entramos em casa, e fui logo contando a situação vexatória, pela qual havíamos passado (quando o riso deixava). Ao fim da história, a esposa de M, olha pro marido e solta: Foi tu, não foi M!!! Saí logo em apoio ao M! Como ela podia suspeitar do marido dela, quando haviam mais 100 suspeitos?! Nãoooo! Ele jamais faria isso (aquilo). Ambos se retiraram pro quarto...e 15 minutos depois, ela sai, com um olhar triunfante: Eu não disse que tinha sido ele?! Ai queridos! Eu quis matar o cidadão traidor! Como alguém podia ser tão covarde daquele jeito?! Ele era responsável por um quase genocídio!!! Olhei o mais sério que pude pra ele, e perguntei: Pelo amor de Deus...porque tu fizeste isso?! E ele..com seu olhar de cachorro que caiu da mudança, me responde: Oras! Não mandei me apertarem! Ai que vontade que deu, de torcer o pescoço do M! Mas, imaginei, que se um leve apertão, havia causado "aquele" caos; imagina se apertasse muito! Iria devastar o quarteirão! Fiz o que tinha que fazer: me postei em sua frente, apertei as mãos (como em oração), me curvei, e disse: MESTRE! Senhores, muitos anos se passaram desde aquele fatídico dia, mas não posso esquecer. Lamentar pela sra. M. Coitada! Ela merece um troféu por suportar o sr. M!
Desde então, quando ia pegar o ônibus, sempre tinha o cuidado de ver se ele não estava no mesmo coletivo....se tivesse, eu desceria, e concluiria o percurso a pé...com muito prazer.
Daí o apelido de Shernobill...que acho que faz muito jus a ele!..rssss (ainda rindo até agora)

4 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  2. Ele também agiu como Judas, locutor de velòrio! Kkk

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  3. Kkkkkkkkkkkk... o mais engraçado é saber quem é o M!!!kkkkkkkkkkkkkk

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